Oi, gente!

Mais um mês começando e o verão finalmente chegando por essas bandas (apesar de que nos próximos dias deve vir uma chuvinha e temperaturas um pouco mais baixas - mas ainda nos dois dígitos na maior parte da região).

Eu ainda estou pegando o ritmo de produção da newsletter e tenho um monte de posts planejados (mas não-executados e no fim das contas postergados) para as redes sociais nos próximos dias. Tem tanta coisa legal que gostaria de fazer (saudades, podcasts! Será que tá na hora de ir pro YouTube?), mas também não quero abraçar o mundo e depois largar tudo. Odeio também fazer coisas mal feitas, mas não quero deixar essa insegurança e perfeccionismo me barrarem de fazer coisas legais (ainda que não perfeitas).

Lembrando que essa newsletter chega semanalmente entre domingo e segunda - com exceções de datas comemorativas. Uma vez por mês (tipo hoje!) ela é gratuita, mas nas outras semanas ela é fechada para as pessoas que colaboram financeiramente com o site e tornam esse trabalho possível. Danke :)

Enfim, esse foi o papo aqui da semana. Daqui pra baixo, só as notícias, mesmo, pra gente começar nossos dias bem-informados.

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Brasil

No Brasil, o tema do momento é o chamado marco temporal para terras indígenas, aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (30 de maio). Basicamente, a tese da lei afirma que a demarcação de terras indígenas (e consequente proteção delas) só pode ser feita em comunidades que já ocupavam esses lugares quando a Constituição Brasileira foi promulgada, em 1988.

O controverso projeto de lei segue para votação no Senado. Ele é pauta defendida pela bancada ruralista e o Centrão do Congresso, mas duramente criticada por ambientalistas e indígenas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a dizer: ​​“Nós não temos nada contra os povos originários, nem o Congresso tem e não pode ser acusado disso. Agora, nós estamos falando de 0,2% da população brasileira em cima de 14% da área do país"

Vários grupos indígenas, por outro lado, são contrários à aplicação do marco temporal, pois dizem que muitas comunidades foram expulsas de seus territórios originais antes de 1988.

Além da consideração do prazo estabelecido, o texto aprovado na Câmara inclui uma disposição que permite que indígenas cultivem organismos geneticamente modificados, ao mesmo tempo em que proíbe a expansão de terras indígenas já demarcadas.

DACH

Por aqui, muito se fala sobre a guerra na Ucrânia, especialmente por conta das notícias de ataques de ambos os lados e a recente entrevista dada pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para o Wall Street Journal. Nela, Zelensky afirma que o país está "pronto para uma contra-ofensiva", mas trouxe cautela, dizendo que as ações poderiam "levar um tempo e vir com altos custos".

O exército ucraniano quer retomar territórios atualmente ocupados pela Rússia, e Zelensky mais uma vez pressionou a comunidade internacional para acelerar a ascensão da Ucrânia à OTAN, a organização militar que tem como lema "um ataque a um é um ataque a todos". Justamente por isso, os discursos são muitos, mas a ação acaba sendo pouca.

Por exemplo, o presidente francês Emmanuel Macron pediu garantias "tangíveis e confiáveis" para a Ucrânia. Já o chanceler alemão Olaf Scholz, apesar de ter dado seu apoio para as "garantias" à Ucrânia, colocou uma condição: a guerra no país exclui a possibilidade de a Ucrânia se tornar um membro da OTAN por enquanto. Enquanto isso, os países da União Europeia querem nesta semana fechar um novo pacote de sanções contra a Rússia, mas as medidas mal saem na imprensa, o que mais vemos acaba sendo as mil maneiras que o país liderado por Vladimir Putin vem encontrando para escapar delas.

Na Alemanha, tem uma polêmica importante rolando depois que uma mulher de 28 anos da extrema-esquerda foi sentenciada à prisão por participar de ataques violentos contra neonazistas. Lina E (na Alemanha, não se divulga o nome completo dos réus) foi condenada a cinco anos e três meses de prisão - mas liberada enquanto espera seu direito a recurso. Houve protestos da esquerda em diversas cidades contra a sentença, mas outros alemães criticam a decisão de liberar Lina E e afirmam que seria um sinal de que violência contra a extrema-direita é "aceitável".

Na Áustria, o governador de Burgenland, Hans Peter Doskozil, foi escolhido pelo partido de centro-esquerda SPÖ como seu novo líder. A incumbente Pamela Rendi-Wagner, que estava no cargo desde o fim de 2018, já havia renunciado semana passada após aparecer em último lugar em uma pesquisa entre os membros do partido vermelho. Agora, Doskozil se torna a principal voz da oposição esquerdista no país e o candidato implícito do partido social ao cargo de chanceler. Vale lembrar que as eleições federais na Áustria devem acontecer no outono de 2024. Doskozil é conhecido por ser mais à direita no SPÖ, especialmente com posições mais duras para temas de imigração e asilo.

Na Suíça, a inflação agora caiu para o nível mais baixo desde o começo da Guerra na Ucrânia. A inflação caiu para 2.2% em maio, comparado com 2.6% em abril e 3.4% no início de 2023, conforme o órgão federal de estatística anunciou nesta segunda-feira. O resultado chega porque os preços de energia e de importados finalmente ficaram mais estáveis. Ao mesmo tempo, o custo da moradia subiu levemente (inclusive aluguéis), o que carrega a inflação para cima.

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Dica da semana

Chegamos em junho e com certeza tem muita gente sentindo saudades das festas juninas no Brasil. A boa notícia é que temos eventos brasileiros rolando por aqui - dois sensacionais acontecem já dia 17 de junho, um sábado:

• Em Viena, no dia 17 de junho, a partir das 13h, a festa junina organizada pela Latau acontece na Siedlerverein (Pappelweg 3, 1220). O evento - um dos favoritos da comunidade brasileira na Áustria - é beneficente em prol da escola de cães guia Latau.
• Em Munique, o pessoal do Brasa Munique vai fazer um arraial também dia 17 de junho, a partir das 15h, no Campus-Cneipe de Garching.

Tá sabendo de mais alguma festa junina imperdível? Me conta pelo instagram ou aqui nos comentários!

Uma boa semana pra gente… e tschüss!