Áustria suspende lei de vacinação obrigatória

O governo austríaco anunciou que vai suspender a lei que obriga residentes a se vacinar contra covid-19, mas que a situação continua a ser monitorada.

A Áustria decidiu suspender a lei de vacinação obrigatória que está em vigor desde 5 de fevereiro no país.

Em anúncio para a imprensa na manhã desta quarta-feira, 9, a Ministra Constitucional Karoline Stadler (ÖVP) e o novo Ministro da Saúde Johannes Rauch (Verdes) afirmaram que vão seguir as recomendações de uma comissão de especialistas e suspender a política. A imposição sob os direitos fundamentais não seria "necessária" no momento, ela disse.

A decisão vem depois de um relatório de avaliação feito pela Impfpflichtkommission, um comitê especial criado para avaliar a medida, sua necessidade médica e viabilidade jurídica.

A legislação vai ficar então suspensa, mas o governo tem a flexibilidade de conseguir reagir às situações e as regras podem ser reativadas se for necessário, segundo os ministros disseram em coletiva de imprensa.

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Segunda fase suspensa

A segunda fase da legislação ia entrar em vigor em 16 de março. A partir desta data, a polícia poderia começar a conferir o status de vacinação das pessoas em controles rotineiros, como checagens de trânsito. A multa poderia chegar a até 600 euros, segundo o chanceler Karl Nehammer havia afirmado em janeiro.

Atualmente, o país tem uma das menores taxas de vacinação na Europa ocidental, com menos de 70% da população totalmente vacina. A Áustria também teve uma média de apenas 4.557 vacinas aplicadas por dia nos últimos sete dias, sendo que a maioria foi dose de reforço. Desde que a lei de vacianção obrigatória entrou em vigor, a taxa de vacinados não chegou a aumentar nem 0,5% no país.

Ao mesmo tempo, as medidas mais rigorosas, como lockdown para não vacinados e até mesmo a necessidade de apresentar comprovação 3G (vacinado, testado ou recuperado) acabaram sendo retiradas no país.

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Segundo as autoridades, o relaxamento das medidas segue a avaliação do momento atual da pandemia. Apesar de a taxa de vacinação ser baixa em comparação com outros países, mais da metade dos austríacos estão totalmente vacinados e protegidos contra cursos mais graves da doença. Além disso, a variante dominante ômicron também é vista como mais contagiosa, porém menos grave.

Com isso, a situação nos hospitais e unidades de tratamento intensivo no país não está preocupante apesar do número de novos casos continuar alto.  

Mesmo assim, os ministros reforçaram que a comissão vai avaliar o status da pandemia a cada três meses e pode recomendar novas medidas - que serão adotadas pelo governo. "A gente não sabe como o vírus vai continuar se comportando", Rauch disse. Ele manteve seu apelo para que as pessoas que não se vacinaram ainda tomem a vacina e disse que o outono pode trazer novas variantes.

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