Guten Morgen! Dienstag, 10 Mai

Bom dia!

Ou melhor… dobro jutro! Escrevendo essa newsletter diretamente das montanhas do centro da Bósnia - a internet é lentinha, mas funciona. Que doideira esse mundo, né?

E que doideira esses últimos dias na Áustria e Alemanha.

Na Áustria, poucos dias antes do Congresso da ÖVP, o partido atualmente no poder, duas ministras renunciaram ao cargo (as duas ontem, mesmo). Ministros austríacos parece que se espelham nos chanceleres e não duram muito tempo no cargo, não é mesmo?

Na Alemanha, eleições no estado Schleswig-Holstein trouxeram alguns resultados talvez surpreendentes - e a AfD ficou de fora do parlamento estadual por lá.

Esse email às terças normalmente é enviado só para assinantes que contribuem financeiramente com o projeto, mas como essa semana e a próxima a situação vai ficar um pouco complicada com internet, estou mandando pra todo mundo :)

Agradeço a compreensão! Lá no Instagram, estou compartilhando algumas informações sobre a Bósnia e curiosidades sobre a língua daqui (e comparação com o alemão).

Amanda Previdelli (@amandanaaustria)

• Energia. A Alemanha está, sem alarde, preparando planos de emergência para caso a Rússia corte total e abruptamente o fornecimento de gás. Até o meio de 2024, os alemães não conseguem se livrar desse dependência, o que deixa o país bastante vulnerável. (EN)
• Bálcãs. O chanceler alemão, Olaf Scholz, expressou na quarta-feira seu apoio à Sérvia e ao Kosovo em suas aspirações de adesão à União Europeia, depois que os líderes de ambos os países dos Balcãs se comprometeram a avançar com as reformas necessárias para o processo.
• Eleições. No fim de semana, o estado de Schleswig-Holstein, no norte, teve suas eleições parlamentares. Os resultados geraram uma série de surpresas, com a CDU subindo para a vitória, a extrema-direita AfD sendo expulsa do parlamento e o SPD perdendo votos. (EN)
• Baerbock na Ucrânia. Hoje, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, deve visitar Kyev - a primeira ministra do governo alemão a ir para a capital ucraniana desde o início da guerra.

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• Acidente com trem. Um trem da Raaberbahn saiu do trilho perto de Viena e deixou pelo menos uma pessoa morta e vários feridos. O acidente aconteceu em Münchendorf, na Baixa Áustria, e as causas ainda estão sendo investigadas. (EN)
  

• Ministras de saída. A ministra da Agricultura da Áustria, Elisabeth Köstinger, anunciou sua renúncia na segunda-feira. A ministra da Economia, Margarete Schramböck, seguiu o mesmo caminho poucas horas depois. Ambas as políticas eram próximas do ex-chanceler austríaco Sebastian Kurz.
• Uma história absurda: a ministra da Justiça, Alma Zadic (Grüne) anunciou que o goberno está montando um projeto para proteger melhor menores de idade que chegam à Áustria como refugiados. O motivo? Dos mais de 5.700 menores de idade que chegaram no país em 2021 pedindo asilo, mais de três quartos (exatamente 4.489 deles) simplesmente "desapareceram". O medo é que muitos tenham se tornado vítimas de tráfico de crianças, crimes relacionados a drogas ou prostituição infantil. A Áustria é um dos apenas três países na União Europeia onde a média para uma criança receber um guardião é de mais de um mês. (DE)

• Suíça e cocaína brasileira. Essa é da semana passada, mas não tem como não citar. Trabalhadores de um armazém da Nespresso, no oeste da Suíça, encontraram 500 kg de cocaína, com um valor de mercado de 50 milhões de dólares enquanto descarregavam grãos de café que haviam chegado de trem - a carga preciosa veio do Brasil. (EN)

• Prédios destruídos na terça-feira no porto de Odesa, no sul da Ucrânia, um dia depois que as forças do Kremlin atingiram a cidade com mísseis e o presidente Vladimir Putin liderou celebrações revisionistas da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
• E no seu discurso em 9 de maio, Putin não divulgou nenhum novo plano para a vitória e reconheceu o custo da guerra ao citar soldados mortos.
• A União Europeia está se aproximando de chegar a um acordo sobre um sexto pacote de sanções contra a Rússia, segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão.

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