Guten Morgen! Montag, 25 April: eleições na França e guerra na Ucrânia
Bom dia!
Mais uma semana começando e as manchetes dos jornais na Áustria e na Alemanha estão ocupadas por notícias internacionais. Especialmente o resultado das eleições na França (Macron venceu) e a guerra na Ucrânia.
Falamos também de questões políticas internas, manifestações e ataques perpetrados pela extrema-direita.
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A partir de maio, estou bem animada porque vou ter um pouco mais de tempo para produzir e compartilhar informações - estou deixando um dos freelas que eu fazia e que não eram jornalísticos.
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Amanda Previdelli (@amandanaaustria)
Alemanha
- Mudanças na esquerda. O partido de esquerda da Alemanha disse no domingo que realizará uma votação de liderança em junho em meio a uma série de brigas internas, incluindo alegações de sexismo. A co-líder Susanne Hennig-Wellsow renunciou na quarta-feira.
- Manifestações. Milhares de pessoas protestaram no sábado contra os planos de derrubar uma vila no oeste da Alemanha para expandir uma mina de carvão que ativistas ambientais dizem que deveria ser fechada, não ampliada. A agência de notícias alemã dpa citou a polícia à tarde dizendo que a manifestação em Luetzerath, a cerca de 40 quilômetros a oeste de Colônia, aconteceu pacificamente. Cerca de 2.000 pessoas participaram, informou o dpa.
- Feriados de domingo. Linke e Grüne querem equivalência para feriados que caem no domingo para que trabalhadores sejam compensados em outro dia nesses casos. (DE)
- Covid. A incidência nacional de sete dias caiu ainda mais. Agora é 790.8., segundo as autoridades alemãs. A RKI relatou 39.179 novas infecções, 605 a menos de uma semana atrás. (DE)
- Caso Maddie McCann. Um homem foi acusado na Alemanha, a pedido da Justiça portuguesa, pelo desaparecimento em 2007 da menina britânica Madeleine McCann, informou a Procuradoria de Portimão, no sul de Portugal. As autoridades alemãs afirmam desde 2020 que têm provas do homicídio de Madeleine, que desapareceu em Portugal aos três anos, e apontam como principal suspeito um pedófilo alemão identificado como Christian B.
Áustria
- Covid. A partir de hoje, não há necessidade de máscara nas escolas. Nas salas de aula as crianças e os jovens não precisavam usar máscaras FFP2 desde o final de fevereiro. Agora, esse requisito também cai para outros locais nas escolas.
- Inflação em alta. A líder do SPÖ, Pamela Rendi-Wagner, pede ao governo que defina o IVA sobre alimentos como zero, tendo em vista a explosão dos preços. A UE tornou isso possível com uma nova diretiva, e o governo deveria implementar esta proposta, disse ela ontem à ORF- Pressestunde. (DE)
- Crime no Tirol. A polícia suspeita que uma mulher de 68 anos tenha sido vítima de um crime violento no domingo em Schwendt (distrito de Kitzbühel no Tirol). A mulher foi encontrada morta pouco antes das 13h, segundo os investigadores. Seu marido de 70 anos foi encontrado morto no decorrer da busca em uma floresta - os policiais suspeitam que ele tenha matado a esposa, tentado fugir e cometido suicídio.
- Extrema-direita. Na manhã de domingo, ocorreu um ataque de extrema-direita a um abrigo de refugiados vienenses. Ninguém ficou ferido.
- Chuvas por aí. A Áustria tem que se preparar para muita chuva agora no final de abril. Na segunda metade da semana, porém, um clima melhor está chegando para esportes e excursões ao ar livre, de acordo com a ZAMG no domingo.
Giro pela Vizinhança
- Eleições na França. Emmanuel Macron derrotou - por larga margem - a rival de extrema-direita Marine Le Pen no domingo. Ele reconheceu a insatisfação com seu primeiro mandato e disse que procuraria unir a população. Ontem, Macron recebeu parabéns de líderes, inclusive Olaf Scholz, por ter derrotado a candidata nacionalista e eurocética.
O chanceler alemão Olaf Scholz foi o primeiro líder estrangeiro a ligar para o presidente francês Emmanuel Macron após sua vitória eleitoral no domingo, de acordo com a chancelaria. Já a extrema-direita AfD deu parabéns à Le Pen por seu "forte resultado".
- Mais eleições: O populista primeiro-ministro da Eslovênia, Janez Jansa, perdeu uma eleição nacional no domingo, já que o partido ambientalista Freedom Movement ganhou mais votos do que seu partido SDS e agora deve formar um novo governo.
- Suíça. Um número recorde de casos de discriminação racial foi registrado na Suíça em 2021, com escolas e outros centros educacionais vendo um aumento notável. (EN)
- Regras de entrada na Suíça: o país vai retirar todas as restrições de entrada em relação ao Covid no dia 2 de maio, segundo a Secretaria de Migração.
Guerra na Ucrânia
- Dois altos funcionários americanos, em uma viagem envolta em segredo, chegaram a Kiev no domingo: o Secretário de Estado Antony J. Blinken e o Secretário de Defesa Lloyd J. Austin III foram representar os Estados Unidos na capital ucraniana.
- Vladimir Putin perdeu o interesse nos esforços diplomáticos para acabar com sua guerra com a Ucrânia e, em vez disso, parece estar empenhado em tomar o máximo de território possível, o Financial Times afirmou, citando três pessoas informadas sobre conversas com o presidente russo. (EN/paywall)
- A União Europeia está planejando sanções contra o petróleo russo em seu sexto pacote de medidas. (DE)
- O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, pede sanções do Ocidente contra o ex-chanceler alemão após as recentes declarações de entrevista de Gerhard Schröder sobre a guerra na Ucrânia.
- A Alemanha deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar a Ucrânia a vencer a guerra contra a Rússia, mas sem colocar em risco sua própria segurança e a capacidade de defesa da OTAN, disse o ministro das Finanças, Christian Lindner, no sábado. Em entrevista com o Der Spiegel, o chanceler Scholz afirmou que a maior prioridade no momento é evitar um confronto direto entre Rússia e OTAN que poderia levar a uma terceira guerra mundial.
- O jornal SonntagsZeitung noticiou que as autoridades de Berna rejeitaram - com base na neutralidade do país - dois pedidos recentes da Alemanha para reexportar munição fabricada na Suíça para Kiev. "Ambos os pedidos da Alemanha foram respondidos negativamente, com referência à neutralidade suíça e aos critérios vinculativos de rejeição da lei sobre material de guerra", disse um porta-voz da Secretaria de Estado de Assuntos Econômicos da Suíça (SECO) ao jornal no domingo.
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