Suíça elege partido populista de direita em eleições federais de 2023
O Partido Popular Suíço (SVP), que se opõe à imigração, obteve uma recuperação notável nas eleições parlamentares da Suíça, consolidando sua posição como a maior facção parlamentar, de acordo com os resultados oficiais. Enquanto isso, os partidos ambientalistas viram uma diminuição em sua representação, apesar das preocupações com o derretimento das geleiras suíças devido às mudanças climáticas.
Pesquisas pré-eleitorais indicavam que os eleitores suíços tinham três principais preocupações: o aumento das taxas no sistema de seguro de saúde obrigatório baseado no mercado livre, as mudanças climáticas que afetam as geleiras suíças e as questões relacionadas a imigração.
Os resultados finais divulgados no domingo revelaram que o Partido do Povo ou Partido Popular da Suíça, conhecido como SVP (sigla em alemão), ganhou nove assentos em comparação com a eleição anterior em 2019, elevando seu total para 62 assentos na câmara baixa do parlamento, que é composta por 200 membros. O segundo lugar ficou com os socialistas, que adicionaram dois assentos, chegando a 41 assentos no Conselho Nacional.
Uma nova coalizão política autodenominada "O Centro", surgida da fusão dos partidos Democrata Cristão e Democrata Bourgeois em 2021, obteve o terceiro lugar, com 29 assentos, superando o partido Liberal de livre mercado, que perdeu um assento e agora terá 27.
As facções preocupadas com questões ambientais foram as que mais perderam: Os Verdes viram uma redução de cinco cadeiras, totalizando 23, enquanto os Liberais-Verdes, mais moderados, perderam seis assentos, agora com um total de 10.
O SVP e suas posturas anti-imigração
Há muito tempo o SVP defende restrições rigorosas à imigração, argumentando que os estrangeiros concorrem com os suíços por empregos, cometem crimes e sobrecarregam o sistema de bem-estar social do país, segundo o site The Local Switzerland.
O partido tem liderado referendos anti-imigração nos últimos anos e atualmente está coletando assinaturas para realizar um referendo nacional com o objetivo de revogar o Acordo de Livre Circulação de Pessoas com a União Europeia, que concede aos cidadãos da UE amplo acesso ao mercado de trabalho suíço.
Sob a campanha "Não à Suíça de 10 milhões", o SVP busca persuadir os eleitores de que os residentes estrangeiros são prejudiciais para o país, como indicado em seu site.
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